Fóssil Pré-histórico de 'monstro marinho' é Descoberto nos EUA.
Réptil
predador possuía 8,6 metros de comprimento, diz estudo. 'Thalattoarchon
saurophagis' viveu há cerca de 244 milhões de anos.
Uma
equipe de cientistas descobriu o fóssil de um grande predador marinho
encontrado no deserto de Nevada, nos Estados Unidos. Batizado de
Thalattoarchon saurophagis, o animal pré-histórico possuía 8,6 metros de
comprimento, segundo o estudo publicado no periódico "Proceedings of
the National Academy of Sciences", na segunda-feira (7).
O "monstro", cujo fóssil possui 244 milhões de anos, representa o
primeiro grande predador dos oceanos, de acordo com a paleontóloga Nadia
Fröbisch, do Instituto Leibniz para Pesquisa em Evolução e
Biodiversidade, localizado em Berlim, na Alemanha.
O animal é
um tipo primitivo de ictiossauro, grupo de répteis marinhos que viveu na
mesma época que os dinossauros e que habitou os oceanos por 160 milhões
de anos. Além de um grande crânio, o Thalattoarchon saurophagis possuía
grandes dentes usados para devorar várias presas, inclusive outros
répteis marinhos, no período triássico.
"A descoberta
caracteriza uma estrutura nova e mais avançada de ecossistema para a
época", disse a paleontóloga ao site do Instituto Leibniz. "O
Thalattoarchon nos ajudará a entender melhor a dinâmica de evolução do
planeta."
O fóssil foi inicialmente encontrado em 1997, mas
escavado apenas em 2008. Agora ele foi totalmente descoberto, recuperado
e identificado. Boa parte dos ossos do animal estavam preservados,
incluindo o crânio e a coluna vertebral.
Os cientistas afirnam
que, apenas 8 milhões antes do surgimento do réptil gigante, uma grande
extinção destruiu de 80% a 96% das espécies de animais nos oceanos, no
fim do período conhecido como Permiano. O surgimento de um predador como
o Thalattoarchon pode significar uma recuperação mais rápida do
ecossistema do que o imaginado, diz o estudo.
(Ilustração
mostra como seria o 'Thalattoarchon saurophagis', grande predador
marinho pré-histórico - Foto: Divulgação/Raul Martin/National Geographic
Magazine)
Fonte: http://glo.bo/XK1AHv