Em 25 de fevereiro de 1942, ocorreu um dos mais
impressionantes casos ufológicos da história, tendo como testemunhas diretas
milhares de pessoas na região de Los Angeles, no Estado da Califórnia, nos
Estados Unidos.
Para entender a importância deste evento vamos, antes de
qualquer coisa, analisar o contexto da época em que o fato ocorreu. Desde 1931,
o Japão vinha mantendo uma política agressiva para com a China. Em 1937,
começou uma guerra em larga escala entre os dois países resultando em uma
invasão em larga escala do território chinês, por forças japonesas. Com a
elevação do moral japonês a ambição e a confiança tomaram conta da cabeça dos lideres
japoneses. Assim, as produções bélicas japonesas aumentaram ainda mais com a
construção de aviões, porta-aviões e outros materiais bélicos, já preparando
uma guerra em larga escala.
Os Estados Unidos enviaram uma pequena força de combate em
apoio à China. Os "Flying Tigers". Além disso, cortaram o
fornecimento de petróleo e aço aos japoneses prejudicando suas operações contra
a China. Esse foi apenas um dos motivos para o ataque japonês à Base americana
de Pearl Harbor, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941. do ponto de vista
estratégico, o ataque possibilitaria tempo aos japoneses para a invasão de
ilhas no Pacífico Sul, para a obtenção de matérias primas para alimentar a
máquina de guerra.
Como o ataque à Peal Harbor, a Segunda Guerra torna-se de
fato mundial, com o envolvimento de todos os continentes. Nos Estados Unidos
decretou-se estado de guerra, iniciando-se o treinamento e embarque de soldados
para os chamados Teatros de Guerra. Foram estabelecidos sistemas de defesa
aérea e naval, para impedir quaisquer operações militares sobre os Estados
Unidos. Uma destas defesas consistiam no estabelecimento de vários postos de
defesa munidos com canhões antiaéreos. Para operação noturna foram
disponibilizados potentes holofotes permitindo a contínua operação destas
armas. A defesa naval, por sua vez, utilizava as ilhas de San Miguel, Santa
Rosa, Santa Cruz, Santa Catalina e San Clemente como base apoio.
A Batalha
Todo essa força bélica, e milhares de soldados operando
estes equipamentos nada puderam fazer durante o misterioso episódio ocorrido
nas primeiras horas da madrugada de 25 de fevereiro de 1942. Milhares de
moradores da região acordaram com sirenes ou com os disparos do Grupo de Defesa
Aérea. Calcula-se que em toda a região haviam aproximadamente 12 mil
residências onde os moradores, apavorados, testemunharam o impressionante
episódio. No dia seguinte moradores, militares e governantes estavam
assustados. Depois de milhares de disparos direto contra o alvo localizado,
nada foi derrubado. Vários automóveis e residências danificados por estilhaços
dos disparos. Três pessoas morreram atingidas por estes estilhaços e outras
três morreram por ataques cardíacos.
As autoridades militares não sabiam o que informar à
população. Ocorreram várias declarações, conflitantes entre si, mas o mistério
permaneceu. Até hoje não se tem uma estimativa exata do numero de objetos
envolvidos no incidente. Algumas pessoas declaram terem observado um único
objeto que voaria a aproximadamente 300 Km por hora. Outros afirmaram que eram
vários objetos luminosos. Houve quem afirmou ter visto várias esquadrilhas com
objetos de tamanhos variados sobrevoando a região. Torna-se difícil, hoje em
dia separar relatos sérios de afirmações embaladas na histeria daquele dia.
Houveram também depoimentos a respeito de aeronaves de caça do 4º Esquadrão de
Interceptação teriam decolado para repelir os invasores. Os militares,
entretanto negaram este afirmação.
Depois de inúmeras contradições, os militares afirmaram que
o episódio originou-se em uma operação coordenada do Japão, através de
aeronaves, com o apoio de um submarino, com o objetivo de causar medo e
diminuir o moral do país na guerra, encerrando a questão por aí. Eles citaram
inclusive um possível ataque de um submarino em 23 de fevereiro em uma
instalação de armazenamento de óleo nas proximidades de Santa Bárbara.
Entretanto, se observarmos todos os detalhes referentes ao estranho episódio conclui-se
que tal desculpa é inconsistente.
A chamada Batalha de Los Angeles começou na noite de 24 de
fevereiro quando várias pessoas identificaram estranhos objetos luminosos nos
céus. Algumas pessoas entraram em contato com a Brigada de Artilharia Costeira,
responsável pela defesa aérea na região. Os objetos foram captados por radares
e acompanhados detidamente pelos militares. Estes objetos adotaram uma formação
em V, padrão utilizado por aeronaves militares. Em função disso, por volta das
2:25 hs foram acionadas as sirenas de alerta para ataques aéreos. Foi ordenado
um blackout em toda a região e os holofotes foram ligados. Pilotos de combate
foram posicionados para decolarem quando fosse necessário.
Às 3:16 hs, a 37º Brigada de Artilharia Costeira identificou
os OVNIs e começou a disparar contra eles, utilizando dezenas de baterias
antiaéreas com munição 12.8
libras. Foram efetuados 1440 disparos até por volta das
4:14 hs. Os objetos deslocaram-se da região de Santa Monica para Long Beach,
percorrendo todo o trajeto em 20 minutos. O blackout e o alerta somente foram
retirados às 7:21 hs.
No dia 26, os jornais de todo o país estamparam a notícia do
alarme ocorrido em Los
Angeles e publicaram numerosos depoimentos de testemunhas,
inclusive de repórteres locais que testemunharam todo o episódio. Bil Henry, do
Los Angeles Times declarou: "Eu estava muito longe do local, sem poder
identificá-lo. Eu aposto que havia numerosos disparos sobre o objeto".
Peter Jenkins, do Los Angeles Herald Examiner, declarou: "Eu podia ver
claramente a formação em V, de cerca de 25 aeronaves prateadas movendo-se
lentamente sobre Long Beach".
As tentativas de explicação
Diante de tanta exaltação pública, o então secretário da
Marinha, Frank Knox, convocou uma coletiva de imprensa onde afirmou que todo o
episódio tratou-se de um alarme falso ocasionado por tesão de guerra. Alguns
jornalistas presentes não aceitaram a explicação e suspeitaram que algum tipo
de acobertamento estava ocorrendo. No editorial do jornal Long Beach
Independent, lia-se: "Existe uma misteriosa reticência envolvendo o
assunto e parece haver alguma forma de censura que está tentando segurar as
discussões sobre o fato".
No dia seguinte, o Secretário de Guerra, Stimson declarou
que haviam 15 aeronaves não identificadas envolvidas, deslocando-se a 300 km por hora, mas que
nenhuma delas foi abatida. Ele afirmou que seu objetivo era impor o medo e
baixar a moral do povo americano. Como os mares eram constantemente vigiados
tanto por navios de guerra quanto por aeronaves, a possibilidade de tratar-se
de um ataque a partir de Porta-Aviões estaria descartada. Especulou-se então
que os japoneses teriam embarcado aviões no submarino observado em Santa Barbara, que
teriam decolado e realizado sobrevoos em Los Angeles provocando todo o alerta. Se levarmos
em conta os fatos chegamos à conclusão de que esta explicação é infundada.
Primeiro vamos avaliar a possibilidade de cada uma das diferentes versões
levantadas pelas autoridades militares americanas à época do fato.
A hipótese mais difundida pelos militares dos Estados Unidos
é a de uma operação japonesa em larga escala com o intuito de espalhar o terror
e afetar o moral americano. Podemos começar nos questionando o que causaria
mais terror em uma população em tempos de guerra? Seriam aeronaves
desconhecidas sobrevoando suas cabeças sem realizar ações de ataque, ou
aeronaves desconhecidas bombardeando cidades supostamente seguras? Com certeza
a segunda possibilidade seria a mais aterrorizante. Então nada justifica uma
ação japonesa desta natureza, em um território inimigo, sem qualquer tipo de
apoio, e sem que exista qualquer benefício posterior de tal ofensiva. Mas
supondo que os militares japoneses optassem por realmente realizar uma ação não
destrutiva em território americano. O meio mais rápido, fácil e eficiente seria
através de Porta-Aviões que transportariam todo o pessoal necessário,
combustível e demais equipamentos necessários para este tipo de operação. A
autonomia dos caças japoneses da época não permitiria um voo direto a partir da
base mais próxima, muito menos um sobrevoo e posterior retorno, sendo assim o
uso de uma base aeronaval móvel seria indispensável. Levando-se em conta o
fator estratégia de guerra, um Porta Aviões, devido à sua importância, jamais
navega sozinho. Sempre existe um comboio de proteção. Em uma região
constantemente patrulhada e vigiada por americanos, um comboio desta natureza
não passaria desapercebido. Além disso, tamanha força de combate é mobilizada
quando existe importância estratégica, ou seja, causar o máximo de prejuízos ao
inimigo. Como vimos, o evento de Los Angeles não se enquadra nessa categoria.
Segundo o governo americano o ataque teria sido realizado a
partir de um submarino japonês que no dia 23 teria atacado ao norte de Los
Angeles. Durante a SGM, o Japão inovou e construiu uma nova classe de
submarinos capazes de transportar entre um e três hidroaviões de ataque. O
primeiro deles começou a operar militarmente em 21 de novembro de 1941 e
transportava apenas uma única aeronave, modelo Yokosuka E14Y. No ataque do dia
23, apenas um unico submarino foi detectado, não havendo quaisquer indícios de
outros submarinos na área. Se levarmos em conta o registro por radar de vários
objetos desenvolvendo velocidades que variavam de 0 (estático) à 320 Km/h, e os inúmeros
depoimentos de testemunhas que relataram a presença de vários objetos, podemos,
podemos excluir um possível ataque japonês. Além disso temos o fato que após
intenso fogo antiaéreo nada foi abatido, mesmo tendo sido visualmente atingido
pelos disparos.
Uma segunda hipótese bastante difundida é referente aos
balões Fugos engenhosamente utilizado pelos japoneses em ataques à grandes
distâncias. Este tipo de balão transportava uma carga explosiva combinando
minas, hidrogênio e dispositivos incendiários. Eles utilizavam uma corrente de
ar, em altas altitudes que os transportavam para leste. Vários destes balões
caíram em território americano, mas os danos causados foram mínimos. Aqui
também podemos nos questionar sobre a ausência de destroços do alegado balão.
Nada foi encontrado que reforçasse a idéia ter ocorrido um ataque com o uso de
um Fugo.
A terceira hipótese e a mais correta é a de que se trata
realmente de um objeto voador não identificado (OVNI), pois até hoje a natureza
deste objeto é desconhecida.
O que permanece é o grande mistério sobre a origem do
insólito objeto. Não era avião japonês e não era balão. Na famosa fotografia
obtida na ocasião observa-se um objeto claramente discóide iluminado pelos
holofotes. Tal objeto foi intensamente alvejado e saiu absolutamente ileso como
que a zombar de nossas capacidades bélicas da época. Os governantes ficaram
impressionados gerando o embrião do que mais tarde viria a ser conhecido como
política de acobertamento.
“Era tão grande! Era simplesmente enorme! E estava praticamente
sobre a minha casa. Nunca vi nada assim na minha vida! Disse, “Estava ali a
pairar no céu e praticamente não se movia”
“Era de um encantador laranja pálido e a coisa mais bonita
que poderá ver. Pude ver perfeitamente porque estava mesmo muito perto. Era
enorme!”
“Foi como o 4 de Julho mas muito mais ruidoso. Eles
dispararam como loucos mas nem lhe tocaram”.
“Nunca esquecerei como foi uma magnífica visão. Simplesmente
maravilhoso. E que cor linda!”